12 de novembro de 2025
Ação Social Destaques

Equoterapia melhora a vida de crianças com necessidades especiais em Leverger

Podendo ser considerado um “braço social” do Sindicato Rural de Santo Antônio de Leverger, que é presidido por Antônio Carlos Carvalho Souza, a prática da equoterapia se tornou referência para crianças com algum tipo de necessidades especiais no município. As atividades são ministradas por profissionais do Senar/ MT nas dependências externas e internas do sindicato pelos praticantes, por pelo menos, duas vezes semanais. De acordo com a responsável pelo projeto e gerente do sindicato, Gleice Keler Alves da Silva, o atendimento existe há 15 anos com resultados que mudaram a qualidade de vida das crianças e pais que buscaram pela equoterapia. Atualmente a estrutura atende 30 praticantes.

Gleice Keler é a profissional do SenarMT responsável pela equoterapia em Leverger

“O desenvolvimento de cada praticante é fantástico. Muitos já conduzem os cavalos sozinhos, outros que melhoraram a condução da fala, mobilidade física com posturas corretas. São evoluções extremamente significativas”, assegurou Gleice.

A estrutura do projeto é aconchegante com amplo gramado adequado para a prática da equoterapia, cavalos e salas destinadas às aulas de atividades, que estimulam ao processo criativo e educacional das crianças. Tudo sob o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar composta por profissionais capacitados em fisioterapia, psicopedagogos, fonoaudiólogos, psicólogos e uma educadora.   O projeto está situado à margem da MT-040, no centro urbano da cidade.

Segundo Gleice Keler, o projeto realiza um trabalho que envolve toda a família do praticante da equoterapia. “Fazemos um trabalho envolvendo toda a família abordando outros tratamentos, além da equoterapia que é um complemento para os praticantes”, esclareceu.

As atividades acontecem sempre a cada segunda-feira no período da tarde e na quarta-feira pela manhã. “Seguimos as normativas da Associação Nacional de Equoterapia Brasil com sessões que duram em torno de 30 minutos”, disse Gleice.

Rosenilda Ferreira Duarte, mãe do praticante Marcelo Magalhães Rocha Duarte, 6 anos, descobriu a equoterapia no posto de saúde do município, durante consultas de rotina. “A pediatra fez o encaminhamento para o projeto que eu já sabia e o Marcelo está no projeto há mais de 3 anos”, disse Rosenilda.

Segundo ela, o filho é altista e sua maior dificuldade é desenvolver a fala e a interação social, que vem sendo melhorado gradativamente. “Graças a equoterapia ele tem apresentado bom desempenho com a fala mais clara e se relacionando melhor com as pessoas”, afirmou Ronsenilda.

Os gêmeos Luís Henrique do Nascimento Duarte e Luís Guilherme do Nascimento Duarte, também altistas, chegaram na equoterapia com dificuldade de desenvolver a fala e o relacionamento pessoal. Atualmente, os dois sorriem e demonstram prazer ao entrarem no projeto para iniciarem as atividades, cumprimentando os profissionais e buscando os cavalos para montarem.

Um dos gêmeos, Luis Henrique Nascimento Duarte demonstrou evolução sobe o Cavalo

De acordo com a mãe deles, Paula Cristina do Nascimento, antes eles rejeitavam os animais. “Agora eles gostam muito, ficam mais à vontade, melhorou a concentração na escola e o relacionamento com os professores e colegas de aula”, afirmou Paula, que também foi indicada pelos profissionais de saúde do CAPS do município.

 

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